segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Faxina da alma



Estava precisando fazer uma faxina em mim… 
Jogar alguns pensamentos indesejados fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados. 
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais. Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões. Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. 
Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas, com bastante cuidado. 
Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras que nunca queria ter dito, mágoas, lembranças de um dia triste. Mas lá também havia coisas e boas. Aquela lua cor de prata, um pôr do sol, uma música. Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. 
Aí, sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas. Joguei direto no saco de lixo os restos daquilo que pensei ser amor; peguei palavras cheias de mágoas que estavam na prateleira de cima, e também joguei fora, no mesmo instante. 
Outras coisas que ainda me ferem, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, talvez as mande para o lixão. Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o Amor, a Alegria, os Sorrisos e a Fé. Arrumei com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista. Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar e de recomeçar.
Carlos Favaro Fanta

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Luz.

Esta luz, tão necessária à vida, reluz em cada parte de si. É como se você fosse transparente. Ela preenche cada parte de seu corpo material, tornado-se um cordão de energia brilhante e desse cordão flui energia para cada um dos seus órgãos e células. Essa  energia de luz azul curativa e amor dá-lhes mais força. Velhas restrições que vinham de emoções obsoletas, dissolvem-se na luz. 

Cada célula do seu corpo, cada órgão desejam fazer aquilo para que foram criados. A luz penetra no medo e na ignorância e queima-os tal como a neblina da manhã se dissipa com a chegada do sol. A luz curadora chega até à sua medula, onde as células brancas do sangue se desenvolvem. Elas estão prontas para proteger este corpo. elas têm o poder para ir onde são necessárias, tomarem conta de algum problema que possa surgir. O seu corpo vive porque todas as suas partes estão em harmonia umas com as outras. Essa é a sua natureza e é seu desejo que se cumpra esse fluxo harmonioso.  

Lembremo-nos sempre que estamos a remover séculos em busca desta singular missão, e é impregnados do mais puro amor incondicional, que formamos uma grande força curativa  estendida até os altos planos dos céus. Esta Força vêm trazer paz e harmonia ao nosso coração e a luz que necessitamos para irradiar a todos os que nos rodeiam. Mais uma vez te lembramos que a luz está dentro de ti, a partícula de luz do criador está em ti. Só tens de a descobrir e ascender até Mim. 

Juliana pelo espírito de: Alice em: (20/10/2007) 
 

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Bondade


Ser bom não tem a ver com religião, com promessas. com sacrifícios, ou fazer algo para ganhar algo em troca.

A bondade, por mais que nós seres humanos as vezes não consigamos entender, é simplesmente ter empatia pelo outro. Se ver no lugar do outro. E existe muita bondade no mundo, Por mais que a mídia, os exemplos e muitas outras coisas que vemos cotidianamente nos insista em nos mostrar que só há o o lado ruim da coisa.

Temos que nos unir a esse sentimento, a esta empatia e não importa se sua ação é menor ou maior em escala de bondade, por mais que pareça clichê, o importante é sim fazer o bem sem olhar a quem, independente de como seja feito, e qual a medida da sua ação, pois assim ajudamos a melhorar o mundo um pouquinho, como naquele filme: "A corrente do bem", porque eu já cansei de falar sobre o ódio, sobre a maldade, e como eu realmente não entendo porque as pessoas tem tanta facilidade de se magoarem e de se machucarem.

Acho que as vezes tem a ver com a bondade, pra muitas pessoas, demonstrarem seu lado frágil, amoroso e bondoso, e principalmente para os homens, as vezes isso é visto como uma falta de virilidade, masculinidade, dentre outros.

O mal, ou ódio, ou que quer que seja essa energia destrutiva, dá a impressão de que a pessoa é poderosa, temida, dentre outros. Já a pessoa bondosa, por outro lado, muitas vezes é vista como trouxa, abobalhada, e fácil de ser enganada.

Vejamos um exemplo por exemplo, de um chefe de uma empresa, que seja o temido, o mandão e completamente inflexível com seus funcionários. Por mais que seus funcionários o odeiem por tudo que ele faz com eles, ele tem um certo respeito no mundo dos negócios, porque ele é o chefe e chefes devem ser temidos.

Já por outro lado, um chefe bom, que te cobre na medida certa. que seja flexível, e se importe com os seus funcionários, por muitas pessoas é visto como frouxo, sem liderança, dentre outros.

Nossa sociedade gosta e endeusa essas pessoas amargas,temidas, como é citado naquela frase" É muito melhor ser temido do que ser amado". Maquiavel quando escreveu isso em seu livro O Príncipe, claro que retirando do contexto em que estava inserido, dá a impressão de que nunca foi amado, porque, quem em sã consciência gosta somente de ser temido, e nunca ser amado?

E ainda ter que viver desconfiando de todos ao seu redor, que estão prontos para te darem o bote, que vida horrível seria essa.

Então, meu caro Maquiavel, é muito melhor ser amado do que temido, em todas as situações, sempre..

O amor,e não o medo é o que nos move e sempre moveu a fazer coisas maravilhosas e extraordinárias neste mundo.

Lorena Alcântara.










quarta-feira, 29 de junho de 2016

Não vou deixarem mais sugar minha alma


Toda vez a mesma coisa, por mais que tente, quando vê você está lá naquela mesma situação vulnerável, e simplesmente desesperada de não saber o que fazer com aquele sentimento sufocante de estar completamente apaixonada por outra pessoa,

E não falo de amor, ou de encontro de almas, não não. Aquela paixão arrebatadora, que você não suporta ela dentro de si mesma, que tem que beber, tem que fumar, tem que ver outras pessoas pra ver se aquilo passa. E aí você acha que passou, quando de um momento para o outro está completamente entregue nos braços de quem já te fez tal mal e tão bem.

É um sentimento misto de alívio, vergonha e culpa. Mas você não tem escolha porque aquilo te domina de um jeito que não possui explicação.
Até o momento em que você se humilha, e aceita e simplesmente esquece de quem você era antes, de quem você sempre foi antes dele e chega ao fundo do poço. De aguentar coisas que você sempre julgou de outras pessoas terem aguentado, (claro todas mulheres).

E aí sim. Dá um lapso de ódio, raiva e um feixe de eletricidade passa por você, como que te relembrando, ei menina, lembra de você? Lembra quem você sempre foi? Lembra que no inicio era ele que implorava por seus beijos e você que sempre negava. Você menina, possui o mundo aos seus pés. E ele sempre soube disso.

O prazer dele em te magoar todas as vezes, era exatamente porque ele sabe e sempre soube quem você é. Você que começou a esquecer de quem era por ele. Ele fez isso com você.

Não mais menina, não mais. Como diz o chapeleiro maluco pra Alice: "You were much more muchier. You lost your muchness"

Mas agora que você sabe disso, vai lá buscar sua muiteza, vai lá retomar de volta o que sempre foi seu, e ele, bom deixa ele com o egoísmo e a solidão dele pra lá. Por mais que doa. Porque dói muito.

Mas não existe outro jeito.

Vai resgatar aquele brilho que só você tem.

Lorena Alcântara.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Pisciana

''Ela tem dois caminhos que se confundem quase sempre. De um lado, sonha em chegar lá – mesmo que não saiba exatamente onde é esse lugar. Acredita que mais importante que o caminho são as pessoas que encontra no meio dele. Para o barco, dá carona, gosta de companhia. Seu jeito é meio à luz de velas quando o sol desaparece no horizonte.
Ama como se houvesse amanhã, como se fosse durar uma vida inteira porque ela tem esperança. Pra ela não acaba, não se finda, não vai sumir num piscar de olhos. Pensa que o mundo inteiro se resolve num abraço, muito mais que num beijo. E envolve, se envolve, é sempre num cruzar de braços. Mal dá pra ver que ela é cheia de abismos, que por dentro ainda existe alguma coisa que não a deixa sossegar. Continua nadando.
Se alguma coisa a machuca, prepara-se pra mudar de rumo. Já te contei que existem dois caminhos pra ela, e que eles se confundem. Nada pra baixo com toda a força do mundo quando tem que nadar. Mergulha com tudo, ela é intensidade pura. Vai no fundo do oceano e não prende o ar, não precisa disso. Se mistura com as ondas e vem de forma violenta. Te acerta ainda na praia e toda a tranquilidade de antes se transforma num turbilhão. Mas foi você quem provocou isso, foi você que pediu pra ver. Ela escapa como se tivesse guelras.
Ela se recusa a largar sua moradia. Seu corpo, sua casa. Quem tenta violar suas regras encontra placas de aviso na surdina, na calada da noite, em toda janela que deixa aberta. Algumas setas, alguns alvos. Ela não quer que você chegue perto, não quer que você entre. Melhor se afastar, melhor deixar pra lá. Ela parece frágil feito líquido, transparente feito água, mas você já conseguiu enxergar as profundezas de qualquer mar? Não, nem vai enxergar as dela. Ela não deixa.
Sonha com um mundo que ainda não existe, sonha com alguém que ainda não existe, sonha com tudo. Seria capaz de viver nos sonhos e construir sua vida neles. E constrói, na verdade. Tudo em volta dela é sonho, tudo em volta dela é algo que você não consegue ver. Ela vê. Ela enxerga coisas que ninguém enxerga o tempo todo. Talvez porque essas coisas estejam dentro dela, dentro dos tesouros perdidos num naufrágio submerso, e não nas coisas que você jura que vê na superfície.

Daniel Bovolento, publicado em: http://entretodasascoisas.com.br/

Alívio.

"É libertador esquecer meu desejo de vingança, a vontade que tenho de explodir sua vida, o vício que tenho de passar mil vezes por dia, em pensamento, ao seu lado. E pisar em cima da sua inexistência e liberdade. Chega disso, só pelo tempo em que durarem estas letras e a música que coloco para reviver você, vou te amar mais esta vez. Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como podia ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. Ainda assim, há meses, há séculos que se arrastam deixando tudo adulto demais, morto demais, simples demais, exato e triste demais, eu sinto sua falta com se tivesse perdido meu braço direito.
Esse amor periférico, ainda que não me deixe descoberto o peito, me descobre os buracos. Não são de suas palavras que sinto falta. Não é da sua voz meio burralda e do seu bocejo alto demais para me calar e me implorar menos sentimentos. Não é, tampouco, do seu abraço. Sua presença sempre deixou lacunas e friagens que zumbiam macabramente entre tantas frestas sem encaixe.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.
Sinto falta mesmo, para maior desespero e inconformismo do meu coração metido a profundo, de lamber suas coxas, a pele mais lisa atrás dos joelhos. Lamber sua virilha, sentir seu cheiro, brincar com seu umbigo, respirar sua nuca, engolir sua simplicidade, me rasgar com sua banalidade, calar sua estupidez, respirar seu ronco, tocar sua inexistência, espirrar com sua fumaça.
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto para aguentar o silêncio,  sem alma para aguentar apenas a nossa presença, sem tempo para que o tempo parasse. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.
Sinto falta da raiva, disfarçada em desprezo, que você tinha em nunca me fazer feliz, sinto falta da certeza de que tudo estava errado, mas do corpo sem forças para fugir, sinto falta do cheiro de morte que carregávamos enquanto ainda era possível velar seu corpo ao meu lado, sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.

Tati Bernardi

quarta-feira, 30 de março de 2016

Machado de Assis sabia das coisas.

Lendo o conto de Machado de Assis em A Sereníssima República que foi escrito no minimo dois séculos atrás, começo a perceber que nada mudou muito em relação a política no Brasil.

É impressionante e até triste a atualidade de um conto de Machado de Assis sobre política e como isso se reflete tão bem nos dias atuais.

Vou citar alguns trechos que considerei maravilhosos:

"Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa.
Duas forças serviram principalmente à empresa de as congregar: - o emprego da língua delas, desde que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi.
 A minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma, fizeram-lhes crer que era eu o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício desta ilusão.
Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais na prática das virtudes. A flauta também foi um grande auxiliar. Como sabeis, ou deveis saber, elas são doidas por música. Não bastava associá-las; era preciso, dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso, ou achar uma forma nova, ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, - o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade. Outro motivo determinou a minha escolha. Entre os diferentes modos eleitorais da antiga Veneza, figurava o do saco e bolas, iniciação dos filhos da nobreza no serviço do Estado. Metiam-se as bolas com os nomes dos candidatos no saco, e extraía-se anualmente um certo número, ficando os eleitos desde logo aptos para as carreiras públicas. Este sistema fará rir aos doutores do sufrágio; a mim não. Ele exclui os desvarios da paixão, os desazos da inépcia, o congresso da corrupção e da cobiça. Mas não foi só por isso que o aceitei; tratando-se de um povo tão exímio na fiação de suas teias, o uso do saco eleitoral era de fácil adaptação, quase uma planta indígena. A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico, roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular. Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanella ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião; ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas na prática. O que posso afirmar-vos é que, não obstante as incertezas da idade, eles caminham, dispondo de algumas virtudes, que presumo essenciais à duração de um Estado. Uma delas, como já disse, é a perseverança, uma longa paciência de Penélope, segundo vou mostrar-vos. Com efeito, desde que compreenderam que no ato eleitoral estava a base da vida pública, trataram de o exercer com a maior atenção."

É tão incrível a capacidade de ser atual desse trecho, principalmente quando se refere a comparação de povo recente aos solários de Campanella ou utopistas de Morus.

Vivemos atualmente um ódio cego e hipócrita, e seletivo na democracia brasileira atual.
Me preocupa muito o rumo que o Brasil pode tomar se um pedido de impeachment da Presidente Dilma Roussef sem nenhuma base legal for aceito.

As vezes de uma crise profunda se constroem maiores mudanças e revoluções, e esta é a minha esperança para que o Brasil realmente mude e melhore profundamente em sua base estrutural.

O que nos resta é aguardar o que irá suceder, e como sempre ir pras ruas para garantir uma sociedade mais justa e igualitária para nós brasileiros.